Em 2022, comemoramos 30 anos da Rio-92. Bom momento para rever a história de como chegamos até aqui.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, chamada também de Cúpula da Terra, Cimeira da Terra, Eco-92 ou Rio-92, foi realizada pelas Nações Unidas entre os dias 03 e 14 de junho de 1992, no RJ, contando com a participação de 179 países. O principal objetivo era conscientizar os países de que o desenvolvimento socioeconômico deveria estar atrelado à conservação do ecossistema do planeta.
Um dos documentos mais expressivos gerados a partir da Rio-92 foi a primeira versão da Carta da Terra, uma declaração de princípios éticos para a construção de uma sociedade global sustentável, justa e pacífica. A Carta propunha a cooperação mútua entre os países a fim de garantir a sobrevivência do planeta.
Dez anos depois da Rio-92, a ONU procurou novamente reunir líderes mundiais, organizações do terceiro setor, líderes corporativos e sociedade civil em torno da questão do desenvolvimento sustentável. A Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, também chamada de Rio+10, foi realizada em Joanesburgo, na África do Sul, em 2002, e tinha como objetivo reduzir a pobreza e proteger o meio ambiente, estabelecendo prioridades para os países.
Como resultado, surgiram dois documentos oficiais, que tiveram a adesão dos representantes de 191 nações presentes na conferência: a Declaração Política e o Plano de Implementação. Estes documentos possuem diretrizes que deveriam ser adotadas como leis nacionais pelos países para que as mesmas pudessem ser realizadas.
Mais 10 anos se passaram e, em 2012, aconteceu, no Rio de janeiro, a Rio+20 com o objetivo de renovar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e tratar temas novos e emergentes. O evento contou com a presença de representantes de 193 Estados-membros da ONU e milhares de participantes dos diversos setores da sociedade civil.
A Rio+20 não teve o mesmo impacto que a conferência de 20 anos antes. Isto de deveu em parte por conta da crise econômica que assolava praticamente todos os países, principalmente Estados Unidos e Europa.
Além do documento negociado entre os países-membros, entitulado "O Futuro que Queremos", os mais de 700 compromissos voluntários assumidos por diversos grupos de sociedade civil na Rio+20 mobilizaram US$ 513 bilhões. Estes compromissos voluntários eram voltados para energia sustentável, transporte sustentável, parceria global pelos oceanos, compromissos corporativos, educação, segurança alimentar, agricultura sustentável e ciência.
Vários eventos devem acontecer ao longo do ano para marcar os 30 anos da Rio-92, no entanto a programação ainda não está definida. Você pode saber mais acessando rio2030.org.
