Sustentabilidade é sobre comportamento, valores, pessoas passando a fazer novas conexões entre causa e efeito em relação aos seus hábitos de consumo. Sustentabilidade requer processos sustentáveis. Sustentabilidade é sobre tomada de decisão, estratégia de negócio e geração de valor. Seu objetivo é melhorar a empresa por meio da sustentabilidade.

ESG (Environment, Social and Governance, em inglês, ou Meio ambiente, Social e Governança, em português) é principalmente como o mercado financeiro está passando a incorporar os aspectos Sociais, de Governança e Ambientais na sua análise de exposição ao risco. ESG vai influenciar a captação de recursos no mercado atrelando a metas de sustentabilidade e tem como principal foco apoiar a tomada de decisão dos "donos do dinheiro". É a gestão da sustentabilidade orientada para a demanda de acionistas e investidores. Seu foco está na redução dos riscos financeiros por meio da sustentabilidade.

Há uma crença errada de que sustentabilidade é para quem tem recursos financeiros e humanos para custear projetos grandiosos. Só que não é. Mesmo! Sustentabilidade é, antes de tudo, um processo de transformação de valores e mudança de comportamento. É ter em mente que o planeta já não comporta mais os excessos cometidos no passado e que é preciso bom senso na hora de comprar, produzir, negociar e vender. Ações que busquem diminuir o desperdício, a geração de resíduos e o consumo de recursos naturais são um grande começo para tornar a sua empresa mais sustentável. E o melhor é que essas ações irão gerar economia. Ganha a organização, a sociedade e o planeta.

Empresas sustentáveis são feitas de pessoas sustentáveis. Antes de pensar na sustentabilidade das empresas, deve-se pensar na sustentabilidade das pessoas. São elas que põem em prática os processos e serão elas que colocarão em prática a sustentabilidade. Organizações sustentáveis têm um modelo de negócio sustentável, com sustentabilidade fazendo parte do processo decisório. Um modelo em que a sustentabilidade é inerente a processos, projetos e produtos desde seu nascimento. Para isso, colaboradores precisam estar preparados para uma nova maneira de pensar e agir. Mas atenção: Embora seja ideal que todo o capital humano da organização tenha pelo menos um conhecimento básico de sustentabilidade, cada nível hierárquico e área da empresa tem diferentes necessidades em relação ao conhecimento de sustentabilidade.

Um erro clássico no engajamento para sustentabilidade é pensar que basta fazer uma ação anual, na semana do meio ambiente, no início de junho, e que tudo estará resolvido. Engajamento é algo totalmente pessoal. Para cada colaborador, há ações que engajam e outras que não fazem qualquer diferença. Vai depender do quanto cada pessoa está madura em relação à sustentabilidade e já a internalizou na sua rotina pessoal e profissional. Se sua organização quer realmente engajar os colaboradores para os temas de sustentabilidade, será necessário desenvolver uma cultura de sustentabilidade e isso se dá com ações frequentes de comunicação e treinamento. Sem entender como a sustentabilidade impacta o dia a dia de cada um, pessoal e profissionalmente, seus colaboradores não mudarão sua maneira de pensar e agir. Assim, engajamento se faz com ações recorrentes de engajamento ao longo do ano.

Sim! No Sustentaí, estamos sempre desenvolvendo treinamentos fora da caixa, com foco no engajamento dos colaboradores e na retenção do conhecimento que promove transformação e geração de valor para a organização. Workshops, palestras, treinamentos totalmente customizados. Gamificação, revistas em quadrinho, cards de consulta, game de sustentabilidade, vídeos, quizz... buscamos o melhor formato e conteúdo para cada público, sempre pensando na realidade do cliente. Nossos treinamentos in company são formatados para que, além de conteúdo relevante, haja muita interação entre os participantes e que sejam práticos. Nosso objetivo é que a sustentabilidade seja imediatamente colocada em prática pelos colaboradores.

O greenwashing se caracteriza pela realização de ações, principalmente de comunicação, por parte das empresas, com o principal objetivo de reforçar reputação e apresentar imagem de empresa sustentável. Alguns exemplos são:

• Inserir nas embalagens dos produtos vendidos “selos” que não tem real valor, por não serem validados por práticas regulamentadas, mas que passam a impressão de dar um determinado status ao produto, como “eco”, “amigo do planeta” ...
• Se dizer sustentável, mas fazer uso de práticas danosas ao meio ambiente, à sociedade, ao planeta, como uso de fornecedores que contratam mão de obra análoga à mão de obra escrava ou mesmo trabalho infantil;
• Facilitar o acesso a produtos ou serviços não sustentáveis, mas querer melhorar a imagem através da oferta de processos de compensação de emissões (compra de crédito, plantio de árvore...);
• Um outro exemplo do mencionado acima seria estimular o alto consumo, com modelo de negócio baseado no fast fashion e oferecer um serviço de recebimento, em suas lojas, de roupas de 2ª mão para serem recicladas e doadas.

Um dos grandes mitos da sustentabilidade é achar que é um movimento top-down, que vem de cima. Sustentabilidade tem que fazer parte da cultura da empresa e funciona melhor se for middle-up-down. Ou seja, começa na gerência média, sobe para alta liderança e desce para a operação, já que é do meio para baixo que a empresa acontece. É onde se descobre se o que foi decidido a portas fechadas pelos executivos realmente funciona. Deixa de ser teoria e passa a ser vida real. Além disso, seja top-down ou middle-up-down, para qualquer mudança dar certo, é fundamental engajamento permanente. Então, mesmo que a alta liderança tenha dado a ordem de incorporar a sustentabilidade ao negócio, sem começar engajando o “middle”, raramente vai funcionar.

Empresas que já possuem a sustentabilidade como um de seus valores ou aquelas que estão em processo de migração para um modelo de negócio sustentável muito se beneficiam da formação de um comitê de sustentabilidade, cujo papel será, entre outros, de divulgar a sustentabilidade no seu ambiente de trabalho; facilitar o processo de comunicação da sustentabilidade na sua área; dar feedback e sugestões para a área de sustentabilidade; disseminar informações passadas nas reuniões do comitê; e identificar pontos de resistência na sua área e trazer para o comitê.

O comitê deve ser formado por colaboradores com interesse genuíno e valores pessoais relacionados à sustentabilidade, independente do seu nível hierárquico, e que sejam reconhecidos como entendidos do assunto. Muito importante também que conheçam as engrenagens da empresa para que funcionem como facilitadores dos caminhos para a sustentabilidade se espalhar.